O fundador da cidade de Messias Targino, senhor Messias TARGINO da
Cruz era muito católico e deu todo apoio à Igreja Católica. Por muitos anos foi
tesoureiro da igreja. Sua esposa dona Mariana de Freitas Targino era zeladora
e, assim os dois faziam tudo pela igreja. Com B as primeiras feiras latadas de
palhas de coco, já começavam a vida religiosa no povoado, continuando assim, da
casa de Zacarias Gomes da Silva.
No dia 20 de agosto de 1948,
o padre Agostinho Bohen, então Vigário da Paróquia, trouxe a imagem de Nossa
Senhora das Dores de Patu e celebrou uma missa campal em frente ao prédio onde
por muitos anos negociou o senhor Raimundo José de Almeida Mundico ou Mundico
de Zé Pinto com merendas, no Mercado Público, à Rua Zacarias Gomes, hoje Dr.
Edino Jales. Â missa compareceu muita gente. Como ainda não havia igreja, as
missas eram celebradas campalmente ou em casas particulares. Lembramos que
certa vez o padre Militão, da Paróquia
de Campo Grande, celebrou uma missa no Grupo Escolar João Rocha, hoje
Apolinária Jales
Com a construção dos primeiros
prédios em terreno doado por Manuel Fernandes Jales, o Sorim. Para esse fim, o senhor Messias Targino fez campanha junto a
todos os habitantes do município e de outros vizinhos, arrecadando recursos
para a construção
Finalmente foi erguida a
igreja, de inicio pequena, depois aumentada e feita a torre. O vigário e o
senhor Messias administravam os serviços. No início da construção, o vigário
era o alemão padre Henrique Fritz.
Os pedreiros que ali
trabalharam foram Ezequiel Paulino de Araújo, José Delmiro, Ziné e Edmilson
Sobrinho.
Finalmente, no dia 2 de abril
de 1952, segunda feira, era celebrada festivamente por padre Henrique Fritz a
primeira missa na igreja do povoado Junco. A padroeira é Nossa Senhora das
Graças. Muita gente compareceu àquela celebração de muita importância para o
povoado nascente. A alegria era contagiante. Nesse mesmo dia eram batidas
muitas fotografias tipo “mão no saco” pelo fotógrafo José Sotero, de várias pessoas. Era
uma verdadeira festa. Os senhores Hemetério Fernandes Jales, Sérgio Dantas
Jales, Januário Dantas Jales, João de Simplício do Córrego Verde, etc. montados
em bicicletas Philips, as primeiras do lugar, também foram fotógrafo nesses
transportes. Aderson Fernandes Jales também estava no grupo.
Assim começavam a vida
religiosa do Junco. O padre Agostinho Bohen foi quem fez os serviços de ampliação
da igreja e ereção da gigantesca torre que tem.
N a construção da torre
sempre juntavam muitas andorinhas e o Padre Agostinho mandava matá-las. O
trabalhador nos serviços da Torre Matias Jales Dantas – Matias de Elias ou
Matias de Lieta, era um matador de andorinhas. Certo dia, já pronta a torre com
o cruzeiro cheio de lâmpadas elétricas, tudo instalado e funcionando,
encontravam duas andorinhas no cruzeiro. Padre Agostinho chamou Matias e pediu
para ele matá-la. Com uma espingarda de soca ele atirou, matou as duas
andorinhas e nem tocou em nada do cruzeiro. Era um exímio atirador. O sino da
igreja foi uma doação de Arlindo Targino da Cruz.
No dia da inauguração da
torre o padre fez um churrasco para os trabalhadores. O senhor Arlindo Targino
deu duas caixas de cerveja. Messias de uma e Francisco Chagas de Medeiros –
Chaga do Açude Novo deu outra. Essa inauguração da torre foi no ano de 1957.
FONTE: LIVRO MESSIAS TARGINO-RN – ORIGENS, DE EDIMAR TEIXEIRA
DINIZ
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